"De onde viriam essas estranhas e inexplicáveis criaturas que surgem na penumbra da noite de modo furtivo e assustador?
Será que surgiriam nesses locais por acaso, ou estariam na espreita de algo ou alguém se aproximar para atingirem seus objetivos?
Essa é uma resposta que ninguém gostaria de descobrir!"
O Relato a seguir é sobre esse tipo de acontecimento!
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Toda vez que eu penso nessa história eu sinto arrepios, mesmo depois de todos
esses anos.
Eu me lembro daquela noite como se fosse ontem.
Isso aconteceu já a algum tempo, no começo da década de 1990.
Eu tinha acabado de tirar a minha
carteira de motorista e tinha pegado o carro do meu pai pela primeira vez.
A minha namorada e eu estávamos animados para ir em uma festa de um amigo nosso
no sábado à noite, e eu estava mais do que nervoso dirigindo o carro, já que
ele quase sempre morria quando eu tentava sair com ele depois que parava ou
estacionava.
Era começo de maio, mas o ar ainda estava quente e a lua crescente estava
amarelada.
Haviam nuvens escuras de chuva no horizonte e elas estavam se
aproximando.
A minha namorada e eu fomos para a festa e nos divertimos bastante, ficando até
bem tarde.
Quando a festa acabou e o nosso amigo despachou todo mundo da casa
dele, nós fomos embora, mas ainda não sentindo vontade de voltar para casa.
Nós
ficamos dirigindo pela cidade, procurando algum lugar para ir, já que eu estava
bem animado por poder dirigir a vontade.
Nós fomos acabar parando perto de uma escola onde estudamos quando éramos mais
novos.
Nós não estávamos muito longe de onde morávamos, então nos sentímos
seguros ali, e não nos preocupamos com as nuvens chegando cada vez mais perto.
Eu parei o carro no estacionamento atrás da escola, e então fomos até o
playground que tinha lá (tinha apenas uma cerca de 1 metro impedindo a nossa
entrada).
Ele ficava em um gramado gigantesco, que tinha um poste velho bem no
meio, que mesmo sem ter ninguém lá ele sempre ficava aceso de noite, iluminando
o playground e o campo em volta, com um círculo de luz bem fraca e amarelada.
Nós dois nos sentamos nos balanços e ficamos conversando por muito tempo, só
falando besteira e as vezes trocando beijos.
Então começou a chover, mas era uma
garoa bem fina, que até que estava bem agradável.
Mas depois de uma hora tinha
chovido o suficiente ao ponto de deixar o chão embaixo da gente todo lamacento -
então nós estávamos tendo todo o cuidado de não colocar o nosso pé na lama (isso
é importante de lembrar).
Então parou de chover e tudo ficou quieto, e nós já estávamos bem cansados a
essa altura.
Eu olhei para ela, para falar para irmos embora e ela já estava
olhando para mim.
Nesse momento um movimento atrás da gente chamou a nossa
atenção.
A uns 50 metros mais ou menos, alguma COISA estava rastejando no chão
na penumbra, um pouco depois do alcance da luz da lâmpada do poste.
Nós dois ficamos olhando aquilo em horror, sem falar nada.
Nós ficamos olhando
enquanto aquela COISA rastejava na nossa direção, sempre ficando na penumbra.
Tinha uma forma humanóide, era escuro e não usava roupas.
Estava deitado sobre
a barriga e os braços estavam largados ao lado do corpo, juntos da cintura.
Mas o mais assustador (além do fato de estar se movendo na nossa direção) era o
modo como ele se movia e as pernas daquilo.
Aquela coisa rastejava para a frente sem
mexer nada, além dos pés.
E as pernas... Se você olhar a estrutura normal do
joelho humano, eles dobram para trás, os dessa coisa eram ao contrário - eles
dobravam para a FRENTE (imagine como se você estivesse deitado no chão, com a
barriga para baixo, os braços juntos ao corpo, e os seus joelhos estão apontados
para cima a invés de estarem encostados no chão).
Nós ficamos olhando aquilo por mais alguns segundos, e nós dois tínhamos parado
de respirar sendo o único som que ouvíamos, era o da água escorrendo e pingando de
algumas árvores que tinha por lá.
Aquela coisa se moveu mais para perto da luz e
levantou a cabeça, e então eu vi que haviam apenas dois buracos negros onde os
olhos deveriam estar.
A minha namorada e eu PULAMOS dos balanços para a grama molhada e corremos para
o carro que estava a uns 15 metros de lá.
Teve alguns segundos de pânico
enquanto eu não conseguia fazer o carro pegar, e eu estava apavorado para olhar
em volta.
Eu não queria ver "AQUILO" chegando perto, eu não queria ver aqueles
joelhos anormais dobrando do jeito errado, e eu não queria ver aqueles olhos
negros e sem alma e sem vida.
Eu estava com medo de fazer o carro morrer quando
eu engatasse a 1ª e de não conseguir fazer ele pegar de novo.
Eu fiquei com a
cabeça abaixada, olhando a direção. Então o motor do carro pegou, e eu consegui
fazer o carro disparar noite adentro.
Eu fui até a casa da minha namorada e de lá eu liguei para os meus pais e contei
o que aconteceu.
Eles deixaram eu ficar lá, mesmo sem ter acreditado muito na
história, com ela e a mãe dela, até o sol nascer em algumas horas.
Nós esperamos
e contamos para a mãe dela o que tinha acontecido para passar o tempo, só que
ela acreditou na história e ficou muito assustada também (os meus pais acharam
que devia ser alguém querendo assustar a agente).
Quando o sol nasceu naquela manhã de domingo, nós dirigimos de volta para lá com
a mãe da minha namorada, para ver se "aquilo" ainda estava lá.
Só que dessa vez
nós fomos armados (a mãe da minha namorada tinha uma arma).
Mas não tinha nada
lá. Nós olhamos todo o campo e não achamos nada.
Quando nós fomos dar uma olhada
nos balanços onde estivéramos sentados antes, achamos um monte de pegadas de pés
grandes (eu calçava 42 e as pegadas eram maiores que os meus pés, deviam ser
tamanho 47, 48) e descalços.
As pegadas estavam dando a volta nos exatos balanços
onde nós tínhamos sentado.
Nós dois estávamos de sapato enquanto estávamos nos
balanços, e como eu disse antes, tomamos muito cuidado para NÃO pisar na lama.
E
nós não ficamos dando volta nos balanços, como essas pegadas. E essas pegadas
foram a única coisa que encontramos.
De vez em quando, quando eu me sinto mais corajoso, volto para aquele campo
do lado da escola tarde da noite (mas nunca sozinho).
Eu fico sentado na minha
caminhonete, parado do lado do campo, com o farol alto ligado, procurando alguma
coisa de estranho na área, mas eu nunca mais vi aquela "COISA" de novo.
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Davi - Valinhos - SP - Brasil |
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